sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O conto dos Três Irmãos

Era uma vez três irmãos que estavam viajando por uma estrada deserta e tortuosa ao anoitecer...
Depois de algum tempo,os irmãos chegaram a um rio fundo demais para vadear e perigoso demais para atravessar a nado.  Os irmãos,porém, eram versados em magia, então simplesmente agitarem as mãos e fizeram aparecer uma ponte sobre as águas traiçoeira. Já estavam na metade da travessia quando viram o caminho bloqueado por um vulto encapuzado.
 E a Morte falou. Estava zangada por terem lhe roubado três vitimas, porque o normal era os viajantes se afogarem no rio. Mas a morte foi astuta. Fingiu cumprimentar os três irmãos por sua magia, e disse que cada um ganhara um prêmio por ter sido inteligente o bastante para lhe escapar.
  Então, o irmão mais velho, que era um homem combativo,pediu a varinha mais poderosa que existisse: uma varinha que sempre vencesse os duelos para seu dono, uma varinha digna de um bruxo que derrotara a Morte! Ela atravessou a ponte e dirigiu a um vetusto de um galho da árvore e a entregou-a ao irmão mais velho.
 Então o segundo irmão, que era um homem arrogante, resolveu humilhar mais a Morte e a pediu o poder de restituir aos que ela levara. Então a morte apanhou uma pedra da margem do rio  e a entregou-a ao segundo irmão , dizendo-lhe que a pedra tinha o poder de ressuscitar os mortos.
 Então, a Morte perguntou ao terceiro e mais moço dos irmãos o que queria. O mais moço era o mas humilde e também o mais sábio dos irmãos, e não confiou na Morte. Pediu, então, algo que lhe permitisse sair daquele lugar sem ser seguido por ela. E a Morte, de má vontade, lhe entregou  a própria  Capa da Invisibilidade.
  Então, a Morte se afastou para o lado e deixou os três irmãos continuarem a viagem e foi o que eles fizeram, comentando, assombrados, a aventura que tinham vivido e admirando os presentes da Morte.
No devido tempo os irmãos se separaram, cada um tomou um destino diferente.
O primeiro irmão viajou uma semana ou mais e, ao chegar numa aldeia distante, procurou um colega bruxo com quem tivera uma briga. Armado com a varinha de sabugueiro, a Varinha das Varinhas ele não poderia deixar de vence o duelo que se segui. Deixando o inimigo morto no chão, o irmão mais velho dirigiu-se a uma estalagem, onde se gabou, em altas vozes, da poderosa varinha que arrebatara da própria morte, e de que a arma tornava invencível.
 Na mesma noite, outro bruxo aproximou-se sorrateiramente do irmão mais velho enquanto dormia em sua cama. embriagado pelo vinho. O ladrão levou a varinha e, para se garantir, cortou a garganta do irmão mais velho.
Assim , a Morte levou o primeiro irmão.
 Entrementes, o segundo irmão viajou para a própria casa, onde vivia sozinho. Ali, tomou a pedra que tinha o poder de ressuscitar os mortos e virou-a três vezes na mão. Para sua surpresa e alegria, a figura de uma moça que tivera esperança  de desposar antes de sua morte precoce surgiu instantemente  diante dele.
 Contudo, ela estava triste e fria, como separada dele por um véu. Embora tivesse retornado ao mundo dos mostrais, seu lugar não era ali, e ela sofria. Diante disso, o segundo enlouquecido pelo desesperado desejo, matou-se para poder verdadeiramente se unir a ela.
 Assim, a Morte levou o segundo irmão.
Embora a morte procurasse o terceiro irmão durante muitos anos, jamais conseguiu encontrá-lo.
 Somente quando atingiu uma idade avançada foi que o irmão mais moço despediu a Cada da Invisibilidade  e a deu de presente ao filho. acolheu, então a Morte como uma velha amiga e acompanhou-a de bom grado e , iguais partiram desta  vida.   

  
(História tirada do livro Os contos de Beedle, O Barbado)

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